Real Madrid mantém sequência de vitórias com mais uma virada em um jogo complicado. Supera a exibição de Kubo liderando um Real cheio de personalidade, e o faz com caráter e gol. Os laterais foram os primeiros a se destacarem, com um Carvajal imenso mesmo sem participar dos gols e um Fran García se redimindo de um primeiro tempo ruim graças à insistência e precisão. E o gol foi obra do ‘9’ mais clássico que o time branco possui. Joselu apareceu na área do atacante para fazer seu trabalho com limpeza. Cabeçada de três pontos. Impecável até o momento o internacional. Não, não era um domingo qualquer. Era um domingo em que o futebol espanhol mudou para sempre. O domingo de Pepe, a voz que durante décadas transformou o rádio em amiga, companheira, cúmplice. Por isso, o Santiago Bernabéu se levantou antes da bola rolar para colocar o coração no campo e abrir com aplausos o minuto de homenagem. Era uma noite emocionante, e foi Takefusa Kubo quem abriu o jogo com uma genialidade. Recebeu do lado direito, controlou, levantou a sobrancelha e colocou a bola no ponto exato da área onde Barrenetxea apareceu. Chutou forte, surpreendente, Kepa defendeu no primeiro momento, mas o atacante marcou no segundo esforço. Segundo jogo no Bernabéu, segunda vantagem visitante logo no início. Trabalho para Ancelotti. Assim como contra o Getafe, o Madrid foi para o intervalo em desvantagem. O adversário foi radicalmente diferente. A Real é uma equipe de Champions, se sente melhor com a bola do que sem ela, e tem jogadores de alta classe, altíssima. Zubimendi, Merino, Brais, Barrene, Oyarzabal… Todos magníficos no passe e no toque. Todos convencidos em fazer a bola chegar a Kubo, imparável no primeiro tempo. Ele fez uma diagonal e mandou a bola perto da trave, mas foi anulado por impedimento de Oyarzabal. Recebeu outra na lateral e parou na área, hipnotizante, homenagem ao Buitre, escolhendo o momento exato para servir Merino com o gol. Kepa evitou, milagrosamente. O show do extremo da Real colocou Fran García em apuros, que está tendo dificuldades para lidar com a exigência do Madrid. Ele é incansável, ataca com critério, mas no time branco ele tem que enfrentar com muita frequência um dois contra um que não consegue resolver. Se sai, é ultrapassado. Se aguenta, o adversário marca gols. Noite ruim para o jogador da base, embora o resto da equipe também não tenha estado muito inspirado. Porque o Madrid teve mais posse de bola no primeiro tempo, mas a gerenciou mal. Teve um momento em que pressionou bem, recuperou a bola e criou chances, mas não conseguiu converter em gols. Ancelotti terá muito trabalho pela frente para corrigir ess