O Madrid está a voar. Ágil de pernas e de cabeza, só a falta de acerto no remate impediu que culminasse numa goleada, num jogo magnífico, com o Cádiz a tentar dar resposta a um adversário formidável. Rodrygo ofereceu uma verdadeira exibição como extremo esquerdo, e só a atuação de David Gil, portentosa, lhe impediu de marcar mais do que um golo. A solução ao impasse ofensivo veio de um protagonista inesperado, Nacho, brilhante em tudo o que foi pedido, e Asensio selou a vitória. Dois jogadores que estão para renovar, ou não. Certamente que não podem fazer mais para continuar a usar a camisola branca. O pouco espaço entre os jogos da Champions contra o Chelsea anunciou uma equipa singular no Madrid. Repleta de jogadores pouco habituais. Pode ser que Ancelotti pensasse que o limite de erros ligueros tinha sido alcançado frente ao Villarreal, ou que os jogadores em forma não precisavam de descanso, mas sim de minutos. E lá estavam Benzema, Militao ou Valverde, que serão fundamentais em Stamford Bridge, para compor um onze sólido que começou a mandar e a agradar. Mau sinal para um Cádiz necessitado de pontos. Ao time de Sergio custou entrar no jogo, pois não encontrou a bola nos primeiros dez minutos. O Madrid foi ágil e preciso, recuperando quase sempre perto da área local. A primeira oportunidade foi amarela, e clamorosa. Uma circulação de direita para esquerda acabou em Espino, que sacou o pé esquerdo para passear. Um tiro duro, rápido, cruzado, na base do poste mais afastado. A resposta branca foi contundente. Primeiro, com um remate a bocajarro de Asensio que David Gil rejeitou com o peito, a primeira da tarde. Depois, com uma combinação de primeiras pelo corredor central entre Benzema e Asensio, com assistência de calcanhar de Marco e remate de Benzema, caindo, fora. Não caiu só Karim, foi Espino quem lhe deu os braços e o desequilibrou quando se preparava para rematar, mas o número 9 quis rematar. Não se atirou ao chão, não levantou os braços e não gritou como se tivesse partido um osso, e por isso não se interpreta que seja penal. Ou seja, que se premia a exageração, o alarme, como ficou demonstrado depois com a queda de Ceballos por um golpe de Alcaraz no rosto que nunca aconteceu. Amarela para o amarelo. É o futebol que temos. O Cádiz procurou a saída com intenção, normalmente através de Bongonda, o mais inspirado no ataque. O ex-celta serviu um bom passe fechado que não encontrou rematador. Foi a última oportunidade de ataque de um equipa local obrigada a recuar perante a inspiração de Rodrygo. O brasileiro ocupou o setor esquerdo, onde se sente mais confortável e que tem de deixar de lado devido ao domínio de Vinicius. Foi um espetáculo, procurando o drible com a GOL FM – A Primeira Rádio do Esporte a incentivar os torcedores de futebol, os apaixonados por automobilismo, os aficionados por UFC e os fãs de ténis.