O Liverpool 2-2 Arsenal do dia 9 de abril de 2023 foi uma verdadeira ode ao futebol. Dois times jogando a todo vapor, com um show ofensivo incrível, um goleiro que fez verdadeiras defesas milagrosas e um time, o Liverpool, que passou de estar quase derrotado para quase conquistar o título diante de seu próprio público. A velocidade do jogo, extremamente alta, exauriu a voz de alguns narradores e acelerou o pulso de todos os que assistiam o jogo, seja em Anfield ou na televisão.
O empate coloca o Arsenal em uma posição delicada, pois o City se aproxima. Com a vitória de Guardiola ontem diante do Southampton, os ingleses do norte estão a seis pontos de distância… com um jogo ainda para ser disputado entre eles. E mais um jogo para os atuais campeões. Tudo ainda está para ser decidido.
O primeiro tempo de Anfield foi uma loucura. Poucas interrupções e um ritmo frenético para um jogo cuja balança se inclinava de um lado para o outro com a mesma velocidade com que Martinelli e Salah superavam seus rivais. Ambos foram os grandes protagonistas dos primeiros 45 minutos. O brasileiro do Arsenal, que com seus 14 gols na Premier League se tornou o melhor goleador brasileiro da temporada nas grandes ligas, ‘destruiu’ a Alexander-Arnold que continua fraco na defesa. Para complicar ainda mais, Klopp o colocou em dois papéis: na posse de bola era um meia; na defesa, um lateral. Junto com Martinelli, Gabriel Jesus ‘dançou’ com Van Dijk. Entre os dois internacionais brasileiros, o placar marcou 0-2 em apenas 30 minutos.
E foi então, com o Liverpool desacordado e o 0-3 prestes a acontecer, que os jogadores de Klopp reagiram. Tanto que poderiam sair com um empate no intervalo se tivessem mais precisão. O 1-2 veio com Curtis Jones brilhando pelo lado esquerdo e Henderson dando o passe. Salah, entrando no segundo poste, não errou. Os ânimos, aliás, já estavam bem quentes. Liverpool e Arsenal, cientes da importância do jogo (cada um para seus respectivos objetivos, é claro), aqueceram o jogo progressivamente até explodir em uma pequena briga entre Xhaka e Alexander-Arnold. A torcida não precisou de mais estímulos para entrar na partida. Anfield era uma panela de pressão.
O Liverpool manteve a pressão e cercou o Arsenal nos primeiros minutos do segundo tempo. Jota forçou um pênalti de Holding que Salah não aproveitou. Tentou ajustar e mandou para fora. Esta foi a segunda penalidade consecutiva que ele errou. Instantes depois, Ramsdale fez uma defesa incrível para impedir o segundo gol de Salah. Ele estava desesperado. Não seria a última.
Arteta, que tinha perdido o meio-campo e tinha Thomas segurando os múltiplos ataques do Liverpool, não mexeu. Klopp, sim.