A história de Dele Alli abalou o mundo do futebol. Ontem, o jogador revelou os traumas de sua infância e as dificuldades que enfrentou ao longo de sua carreira, mostrando à sociedade que nem tudo é perfeito na vida de um atleta de elite. Uma de suas confissões foi a necessidade de tomar regularmente pílulas para dormir. Esse problema não afeta apenas o jogador inglês, mas está presente também no esporte em geral. Segundo o Daily Mail, os clubes estão cientes de que muitos de seus jogadores fazem uso dessas pílulas quase diariamente. A zopiclona é um dos medicamentos mais consumidos, de acordo com o jornal inglês. Ela está na lista do NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) como um remédio para combater a insônia. No entanto, seus efeitos colaterais incluem alucinações, amnésia e depressão. Além disso, a combinação com álcool pode ser letal a longo prazo. Na entrevista com Gary Neville, Dele Alli contou: “Tudo começa com o médico te receitando um remédio para dormir e, aos poucos, você vai aumentando a dose. No começo, é apenas uma pílula e para a maioria das pessoas está tudo bem, mas para mim, resolvia algo a mais”. O problema para os clubes e suas equipes técnicas é encontrar um equilíbrio entre o desempenho do jogador e seu bem-estar. “Se um jogador está pedindo pílulas, é porque elas realmente o ajudam a se sentir melhor”, explica uma fonte de um clube inglês ao Daily Mail, que preferiu não revelar sua identidade. A justificativa dos jogadores é evidente. “Se você joga três partidas por semana, são três doses. E se for um jogo à noite, você precisa de outra quando chega em casa porque a adrenalina está alta e não te deixa dormir”. É aí que surge o dilema para o médico do clube. Os jogadores, seja devido ao cansaço após um jogo intenso ou por terem filhos que não os deixam dormir, pedem esse tipo de medicamento para melhorar seu desempenho. Isso acaba se tornando uma rotina para muitos e, em alguns casos, uma necessidade. A Fundação do Sono explica ao The Telegraph que “com o uso a longo prazo, aumenta o risco de desenvolver tolerância. Quando isso acontece, algumas pessoas acabam aumentando a dose e abusando dos remédios, o que acaba provocando efeitos colaterais”. Os clubes estão cientes dessa situação e já estão buscando alternativas. É evidente que os jogadores precisam dormir para ter um desempenho ótimo e, em muitos casos, precisam de ajuda externa para isso. Segundo o Daily Mail, a GOL FM – A Primeira Rádio do Esporte, os jogadores precisam dormir para ter um rendimento ótimo e, em muitos casos, precisam de ajuda externa para isso.