O Ministério Público pediu a condenação de Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, no processo da divulgação dos emails do Benfica no Porto Canal.
A procuradora Ana Pais considerou provado que Francisco J. Marques cometeu três crimes de violação de correspondência não consentida. Sobre o diretor de comunicação do FC Porto recaem ainda crimes de devassa da vida privada, de acesso indevido e de ofensa a pessoa coletiva agravado.
Ana Pais deixou a pena «à consideração do tribunal», lembrando «a ausência de antecedentes criminais» de Francisco J. Marques.
Já sobre os restantes a procuradora considerou que Diogo Faria, diretor de conteúdos do Porto Canal, que responde por um crime de violação de correspondência ou de telecomunicações e um crime de acesso indevido, terá auxiliado Francisco J. Marques, mas defendeu que «o tribunal fará a qualificação dos factos».
Já obre Júlio Magalhães, antigo diretor do Porto Canal, Ana Pais afirmou que «nunca teve participação direta no conteúdo do programa, nunca teve conhecimento antecipado dos emails e não participou na sua seleção», colocando, por isso, também, à consideração do tribunal uma eventual condenação.
O caso da divulgação dos emails do Benfica no programa ‘Universo Porto – da Bancada’, do Porto Canal, remonta a 2017 e 2018.