Após eliminação do Campeonato do Mundo Qatar 2022, a população do Irão saiu à rua para festejar considerando que a seleção se tornou num símbolo do governo e da República Islâmica, apesar de alguma contestação à situação no país, os jogadores foram abafando as críticas, supostamente depois de ameaças a eles próprios e às famílias, e nos dois últimos jogos da fase de grupos até cantaram o hino, o que não tinha acontecido na partida inaugural, frente à Inglaterra.
Estes festejos após a eliminação do Irão associaram-se a novos protestos contra as autoridades por causa da falta de direitos das mulheres, situação que se tem repetido nas últimas dez semanas após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, às mãos da polícia de costumes, que a detiveram por uso incorreto do hijab, o lenço com que as mulheres devem cobrir cabelos e pescoço.
Os festejos com a eliminação da seleção do Mundial terminaram em tragédia, em Banzar Anzali.
Mehra Samak, um homem de 27 anos, terá sido assassinado com um tiro na cabeça pelas forças de segurança, noticiou a BBC, com base em informação divulgada por ativistas dos direitos humanos no Irão. Estaria a buzinar no carro em celebração.
As forças de segurança iranianas desmentiram ter disparado sobre multidões, mas o coletivo ativista 1500tasvir divulgou vídeos que identifica como tiros contra manifestantes na cidade de Behbahan e agressões a uma mulher em Qazvin.