O presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol (ANAF) Artur Fernandes fez uma avaliação bastante positiva sobre o domínio dos clubes lusos na contratação de internacionais. Para este agente, Portugal é claramente uma montra para jogadores internacionais de países menos cotados no futebol mundial.
“Não foi é uma surpresa, devido à legislação existente em Portugal, à facilidade que os clubes têm de contratar atletas de várias nacionalidades e ao impacto e qualidade que o próprio país tem como grande vitrina que é. Muito mais numa época de Mundial, em que existia uma grande expectativa face a Portugal. Do ponto de vista estratégico, acaba por ser chamativo para os países menores em termos de projeção do futebol colocarem os seus jogadores nessa montra que é Portugal”, disse Artur Fernandes.
O relatório da FIFA é bem claro.
“Os clubes portugueses fizeram pela primeira vez mais contratações do que qualquer outra associação”, enquanto o Brasil foi o país que transferiu mais para fora, com 998 atletas.
O Brasil colocou em Portugal 338 jogadores, o maior fluxo de transferências entre dois países.
“Temos reparado que os emblemas portugueses se têm transformado cada vez mais em SAD, que têm sido vendidas cada vez mais a novos investidores. Esta necessidade de contratar e de vender muito e bem já não é tão somente dos clubes, mas das SAD, que estão efetiva e culturalmente ligadas a cidades e têm a sua história, mas também estão conectadas a empresas que têm de fazer disto o seu negócio”, assumiu Artur Fernandes.
Estas vendas não tem reflexo proporcional no encaixe financeiro, já que Portugal foi o quinto país que mais dinheiro recebeu, com 533,2 milhões de euros (ME), valor convertido de dólares ao câmbio atual, após França (680,9 ME), Alemanha (588 ME), Itália (568,2 ME) e Inglaterra (552,3 ME), e o nono que mais pagou, com 160,6 ME.