Abel Ferreira abordou a queda do Flamengo de Vítor Pereira nas meias finais do Mundial de Clubes em Marrocos, após derrota diante do Al Hilal da Arábia Saudita. O treinador do Palmeiras apontou vários fatores para a derrota, entre eles a altura do ano e as infraestruturas no Brasil, aproveitando para deixar o recado – é preciso melhorar.
“O Flamengo ficou sem um jogador cedo, isso condiciona toda a história do jogo. Não quero alongar-me muito nisso, já tenho tantos problemas aqui… O que posso dizer é que o futebol brasileiro foi considerado o mais competitivo, mas os campeonatos europeus e noutros sítios vão a meio do ano; nós começamos a treinar em janeiro e apanhamos logo o Mundial, como aconteceu com o Flamengo. A Europa já está em velocidade de cruzeiro, é desigual. É uma dificuldade que temos, seja Flamengo, Corinthians, São Paulo ou Palmeiras”, considerou.
“Há muitas coisas para melhorar em termos de organização. Vamos tentar melhorar. Depois de estarmos bem organizados, com calendários como devem ser, tempos de recuperação como devem ser… Eu venho de um ‘micro-ciclo’ de jogar às 19.30 horas, 20.30 horas, agora, passando dois dias, metem-me a jogar às 11h [no terreno do Água Santa, em Diadema, para o estadual de São Paulo]. Esse é o problema. Estamos habituados a um ritmo, depois vem uma quebra fazendo um jogo às 11 num campo que, segundo me disseram, está uma vergonha. Isso tem d ser cuidado. Se o relvado não está bom, que foi o que me disseram, troca. Não se pode jogar ali. Na Europa, se a relva estiver dois centímetros a mais, é-se multado, não se pode jogar lá. É muito sério. Aqui ainda há muito espaço para melhorar internamente”, finalizou.