O técnico Abel Ferreira falou sobre a polémica do jogo com o São Paulo, em que foi insultado pelo diretor para o futebol, e o clube já tinha assumido a sua defesa acusando o rival de xenofobia, isto depois da vitória do Palmeiras sobre o Botafogo SP no Paulistão.
O São Paulo ‘proibiu’ o treinador português de falar na conferência de imprensa após a partida do Paulistão. Julio Casares, presidente dos tricolores, não poupou nas críticas à arbitragem e ao treinador do Palmeiras: “Hoje foi uma vergonha o que vimos no Morumbi. O Abel tinha de ser expulso, ele apitou o jogo”
“A instituição São Paulo merece todo o respeito e não vou dizer muito mais do que isso, porque o futebol brasileiro e os clubes brasileiros são muito maiores do que cada um de nós, são muito maiores do que nosso ego. Em 90 minutos eu sou intenso, quero que minha equipa ganhe, mas fora disso o meu coração é como o coração de mãe, perdoa tudo e cabe sempre mais um. Mas há limites, disse, admitindo um processo: “Não sei vou processar. Há limites para tudo e na altura certa vocês saberão.”
Abel Ferreira foi ainda mais longe.
“Vocês encontram bem os meus defeitos, se falarem com a minha mulher é fácil. Mas procuro dar o melhor que sei. O resto deixo para vocês, todas essas declarações, comentários, desde que cheguei, eles são publicas, é muito fácil de ver. Quero viver minha vida com lado positivo, com intensidade, com as pessoas que eu gosto e no meu trabalho olhar as pessoas de frente e sei: não sou perfeito. Mas como não gosto de fugir às questões, acho que não vale combater ódio com ódio”, assumiu.
A presidente do Palmeiras Leila Pereira assumiu depois que o dirigente não era bem vindo nas instalações do clube e colocou a equipa de advogados do clube ao seu dispor caso quisesse colocar um processo, algo que depende da sua vontade.
“Eu não conheço esse senhor Belmonte, nunca falei com ele, se calhar é uma pessoa espetacular, entendo o calor do jogo, porque quando chutei o microfone ninguém quis saber porque e não fui o único. Há treinadores que apontam o dedo à cara dos árbitros, já fui punido, castigado e cumpri por isso. Ninguém quis saber que aos 94 minutos, numa final, houve um canto claro a nosso favor e o árbitro não viu. Eu sou humano, tenho emoções e no calor do jogo… Eu entendo essas emoções”, disse ainda.
O Tribunal de Justiça Desportiva já entrou com denúncias contra o dirigente e alguns jogadores.